sábado, 5 de maio de 2012

Conhecendo a OSBA e revendo conceitos


 O que se passa pela sua cabeça quando o assunto é música clássica? Talvez você lembre daqueles retratos pintados de Mozart, Beethoven... muita seriedade, gente madura, com barbas e cabelos já brancos e um público de condições financeiras, digamos; bem elevadas.
 Então com certeza a OSBA fará você mudar completamente essa imagem da sua cabeça...
 A Orquestra Sinfônica da Bahia é, como o nome já sugere, um grupo de músicos que tocam instrumentos como violino, violoncelo, harpa, flauta e outros do tipo e grande parte de seus integrantes são pessoas jovens (se não em aparência, pelo menos em espírito), alguns chegam a ter pouco mais de 20 anos...
 Recordo-me do primeiro dia em que fui a uma apresentação do grupo. Era o Concerto de Natal do ano passado (realizado dia 15 de dezembro, uma quinta-feira, às 20 horas) e a Sala Principal do Teatro Castro Alves estava completamente LO-TA-DA, além disso, era a última apresentação do grupo no ano de 2011. Tinha gente de todas as idades; desde avós com seus netinhos, estudantes de ensino médio com seus estojos de instrumentos musicais em mãos e até professores universitários da UFBA (eu, por exemplo, descobri que um atual professor meu estava presente neste dia.)
 A princípio achei que fosse apenas mais uma "ida convencional" ao TCA (se é que posso chamar qualquer espetáculo no TCA de "convencional"), mas conforme a apresentação foi acontecendo, fui ficando cada vez mais encantada com a capacidade que seus integrantes têm em prender a atenção do público. O respeito era total. Nada de conversas, nada de gente levantando toda hora, nada de bocejos de tédio, nada de desprezo; tanto os músicos quanto o próprio maestro faziam com que os espectadores se sentissem parte integrante e fundamental do espetáculo.


 Entre as canções, o atual maestro da OSBA - Carlos Prazeres - interagia com o público, nos fazendo aprender mais sobre a Orquestra, sorrir e principalmente... nos emocionar. O "momento clímax" da apresentação foi quando ele nos convidou a cantar "Noite Feliz" enquanto os músicos a tocavam. Resultado final: Foi tão lindo que fizemos um bis. Um dos destaques da noite foi o solo do jovem pianista Pablo Rossi (e Julia Nazaly suspira: - Ahhh, piaaano...*-* - pra quem ainda não sabe, piano é um dos instrumentos que mais admiro).

 E pra quem acha que vivenciar uma noite dessas é algo caro, se engana completamente: os ingressos estavam sendo vendidos a R$: 20,00 (inteira) e R$: 10,00 (meia), além de haver um grande número cortesias (entradas gratuitas) para incentivar o público. Com certeza, pela noite bacana que tive, eu pagaria até um valor superior.
 Não resta dúvidas de que o ano de 2012 será muito especial pra OSBA, afinal ela está completando 30 anos de apresentações e acredito que a produção e integrantes irão caprichar pra marcar esse grande momento. 30 anos não são 30 dias pra uma orquestra que é muito mais que um grupo de músicos.